Trabalhar em um gabinete jurídico pode ser bastante desafiador, tanto pela complexidade dos processos quanto pela pressão por prazos. No entanto, muitas vezes o estresse gerado no ambiente de trabalho pode ser resultado de atitudes do próprio assessor. Ser eficiente e atento aos detalhes é crucial, mas há comportamentos que, se não ajustados, podem tornar o ambiente mais pesado e afetar a dinâmica de trabalho.
Aqui estão 6 atitudes comuns de assessores que causam estresse no gabinete e como evitá-las:
1. Não Conhecer as Preferências do Magistrado
Cada juiz tem suas manias e preferências na forma como trabalha e redige suas sentenças. Ignorar esses hábitos pode ser um grande erro. Se o magistrado já disse inúmeras vezes que não gosta de usar expressões como “já que” nas sentenças, insistir em usá-las só causará frustração. Prestar atenção a essas instruções e adaptá-las no seu trabalho é uma forma de evitar broncas e garantir uma boa relação no gabinete.
Dica: Faça uma lista das preferências do magistrado e revise seus projetos de acordo com essas orientações antes de entregá-los.
2. Não Analisar Bem as Peças Processuais
Um dos principais motivos de estresse para o juiz é lidar com um assessor que não faz uma análise detalhada das peças. O assessor existe para auxiliar o magistrado, e ignorar uma tese do advogado por achar que é irrelevante para o caso pode ser um erro grave. Analisar todos os pontos com cuidado e registrar isso no projeto é fundamental para manter a confiança do magistrado no seu trabalho.
Dica: Antes de finalizar um relatório, verifique se todos os pontos apresentados pelas partes foram devidamente considerados.
3. Ser Lento Demais no Trabalho
Com milhares de processos tramitando no gabinete, a agilidade é essencial. Levar horas para resolver questões simples não é aceitável em um ambiente que exige produtividade e rapidez. Isso só aumenta a pressão sobre o magistrado e toda a equipe.
Dica: Se você tem dificuldades com a velocidade do trabalho, organize seu tempo com listas de tarefas ou técnicas de produtividade para se tornar mais eficiente.
4. Levar as Críticas para o Lado Pessoal
Quando o magistrado diz que seu projeto precisa ser revisado, não é um ataque pessoal, mas uma crítica ao trabalho. Aceitar que ajustes são necessários e focar na melhoria do projeto é uma habilidade importante. Levar as críticas de forma profissional evita atritos desnecessários e demonstra maturidade.
Dica: Receba o feedback como uma oportunidade de crescimento e busque sempre melhorar com base nas orientações recebidas.
5. Falta de Jogo de Cintura
Trabalhar em um ambiente de alta pressão, como um gabinete, exige sensibilidade e bom senso. Se o juiz não está em um bom dia, evite abordá-lo com questões que podem esperar. Saber quando e como abordar o magistrado é essencial para manter o ambiente equilibrado.
Dica: Antes de interromper o magistrado, pergunte-se: Isso é realmente urgente? Se não for, aguarde o momento mais apropriado.
6. Não Saber Estruturar Bem o Relatório e o Voto
Um relatório mal estruturado ou um voto confuso podem causar grandes problemas no fluxo de trabalho. A clareza e organização das informações são fundamentais para que o juiz consiga analisar rapidamente o que precisa. Além disso, seguir um padrão claro de estrutura facilita o entendimento por todas as partes envolvidas.
Dica: Utilize modelos de estrutura para relatórios e votos e revise sempre com atenção, garantindo que estejam claros e objetivos.
Conclusão
Trabalhar em um gabinete jurídico exige atenção, agilidade e, acima de tudo, respeito às preferências e ao estilo de trabalho do magistrado. Pequenas mudanças nas atitudes podem diminuir significativamente o estresse no ambiente e contribuir para uma rotina mais eficiente e produtiva. Conhecer o magistrado, manter a agilidade e saber lidar com críticas são habilidades que podem fazer toda a diferença no seu desempenho como assessor.
Isso pode ser um grande problema, mas para isso o Curso Redação de Sentenças e de Acórdãos, ministrado por mim, existe para acabar com isso
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