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Prolixidade e Redação Jurídica: A Relação com Peças Longas

Quando se trata da redação de peças jurídicas, brevidade e eficiência na entrega da informação devem ser os objetivos principais. Isso não significa, porém, que todas as peças precisam ser curtas. O segredo está em como a mensagem é transmitida, e não necessariamente em quantas páginas o documento possui.


O impacto do tamanho da peça

Magistrados, como qualquer leitor, preferem textos que vão direto ao ponto. Uma apelação com seis ou sete páginas passa a sensação de organização e objetividade. Já uma peça com vinte ou trinta páginas pode gerar desconforto cognitivo, levando a uma percepção (ainda que inconsciente) de que a peça talvez careça de mérito.

Contudo, tamanho não é sinônimo de qualidade. Tanto peças curtas quanto longas podem ser concisas ou prolixas. O que define isso é a velocidade com que a informação é entregue.


Concisão versus prolixidade

Concisão não é sinônimo de poucas páginas. Uma peça de setenta páginas pode ser concisa, enquanto uma de três pode ser extremamente prolixa. O critério para medir a concisão é: quanto tempo você leva para transmitir sua mensagem?

  • Prolixo: Gasta dez páginas para dizer o que poderia ser dito em quatro.
  • Conciso: Transmite a mesma informação de forma direta, sem excessos, independentemente do número total de páginas.

Exemplo prático:

Se, ao revisar uma peça de cinquenta páginas, você consegue eliminar redundâncias e reduzi-la para trinta páginas sem perder a essência, ela continua longa, mas agora é concisa.


Dica prática: como evitar a prolixidade

  1. Revise com atenção: Identifique repetições, termos desnecessários ou argumentos que poderiam ser mais diretos.
  2. Priorize a clareza: Pergunte-se: “Este parágrafo ajuda a transmitir a ideia central ou está apenas enchendo espaço?”
  3. Ajuste o texto ao conteúdo: Use o número de páginas necessário para expor a ideia com precisão. Nem mais, nem menos.


Conclusão

A prolixidade não tem a ver com o número de páginas, mas com a demora na entrega da mensagem. Uma peça longa não precisa ser prolixa, assim como uma peça curta não garante objetividade.

O essencial é ser claro e eficiente: se uma ideia pode ser transmitida em duas páginas, use duas; mas se a ideia exigir setenta páginas, um texto mais curto será inadequado.

Lembre-se: não é sobre o tamanho da peça, mas sobre a velocidade e a precisão na transmissão da informação.

 


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23 de dezembro de 2024
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