A fim de se tornarem mais claras para o leitor, ideias similares devem ser representadas por estruturas sintáticas similares.
É isso portanto o que se denomina de Paralelismo.
Repare no seguinte exemplo, em que NÃO há paralelismo na redação:
“O fim da lei não deve ser a imobilização da vida, e sim o de manter contato íntimo com ela”.
Veja que na primeira parte do período temos predicado substantivado (“imobilização”), e na segunda o predicado aparece na forma verbal (“manter”). O período fica mais claro, com paralelismo, assim:
“O fim da lei não deve ser o de IMOBILIZAR a vida, e sim o de MANTER contato íntimo com ela”.
Ou:
“O fim da lei não deve ser a IMOBILIZAÇÃO da vida, e sim a MANUTENÇÃO do contato íntimo com ela”.
Outro exemplo de redação sem paralelismo:
“Impõe-se considerar que os demandantes possuem um filha de 8 anos de idade e a natureza previdenciária da causa”.
Redação com paralelismo:
“Impõe-se considerar QUE os demandantes possuem uma filha de 8 anos de idade e QUE a causa tem natureza previdenciária”.
Ou:
“Impõe-se considerar A idade da filha dos demandantes (8 anos) e A natureza previdenciária da causa”.
Enfim, a ausência de paralelismo não torna, na maioria dos casos, a construção incorreta gramaticalmente. Todavia certamente o paralelismo confere estilo à frase, fazendo com que fique mais aceitável e elegante para o leitor.