A concordância/regência dessa locução conjuntiva, que equivale aproximadamente a “embora”, é um dos assuntos mais controversos entre os gramáticos.
Uns dizem que a expressão sempre concorda com o elemento seguinte, outros defendem que a expressão não é regida pela preposição “a”, outros dizem que é ela invariável independentemente do elemento que a segue, e assim vai.
Eu sigo o entendimento de que a locução “em que pese a(o)” é invariável. Assim:
“Em que pese a tais circunstâncias, não logrou êxito”. (Prefira)
“Em que peseM a tais circunstâncias, não logrou êxito”. (Evite)
“Em que pese A tal circunstância, não logrou êxito”. (Prefira)
“Em que pese tal circunstância, não logrou êxito”. (Evite)
“Em que pese À insistência de nossa parte, eles não compareceram à reunião”. (Prefira)
“Em que pese A insistência de nossa parte, eles não compareceram à reunião”. (Evite)
“Em que pese AO nosso apoio, não passaram no teste”. (Prefira)
“Em que pese o nosso apoio, não passaram no teste”. (Evite)
Mas quer saber? não use essa expressão, não! Fuja do imbróglio gramatical que existe em torno dela substituindo-a por embora, ainda que, nada obstante, mesmo que, apesar de…, a depender do contexto.