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Não faça com que sua peça pareça mal redigida (a forma como elemento argumentativo)

Aprenda como fazer redação de peças jurídicas corretamente, sabendo o texto jurídico ou de peças jurídicas ideal, abordando termos jurídicos desta redação.

Não faça com que sua peça pareça mal redigida (a forma como elemento argumentativo)

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Se tem uma coisa que eu não compreendo é isto: estudamos os autos , começamos a redigir a peça, tomamos cuidado para não cometer erros gramaticais (pelo menos não os mais graves), lemos a peça novamente depois de finalizada, mas não nos preocupamos com alguns detalhes que podem fazer com que todo o nosso trabalho pareça malfeito!
Passei um bom tempo da minha carreira profissional revisando acórdãos. Só de folheá-los já sabia, pela FORMA como estavam redigidos, quais estavam bem escritos e quais não estavam. Dificilmente errava.
Era assim que o meu cérebro funcionava:
“Opa, este acórdão começa com um título todo em caixa-alta mas termina com um título em que só a inicial vem em maiúscula; na primeira página aparece um ‘Exmo. Sr.’ e na sequência um ‘Exmo. Senhor’; no final da transcrição deste precedente consta ‘julgado em 18-08-15’, mas desta outra consta ‘j. 17/9/2016’; conclusão: peça malfeita”.
Sem ler o acórdão eu deduzia que, como a sua forma era ruim, não padronizada, o conteúdo também não estaria lá essas coisas.
Hoje passo o dia lendo razões de recursos, contrarrazões, petições iniciais, contestações, e a impressão que tenho é a mesma da época em que revisava acórdãos.
O que eu queria falar para vocês hoje era isto então: deem atenção à forma como a sua peça está apresentada. Não estou me referindo ao tipo de folha, ao tamanho e tipo da fonte, ou à logo do escritório, isso já é outro assunto.
Refiro-me a alguns detalhes concernentes à redação mesmo. Por exemplo, se você começou usando a forma “Exmo. Sr.”, continue assim até o final!
Não faça toda hora de um jeito diferente: ora desse jeito, com as duas palavras abreviadas, ora com uma palavra abreviada e a outra não (“Exmo. Senhor”), ora com as duas por extenso, e assim por diante.
Pode ter certeza de que seu leitor perceberá essa desorganização na apresentação do texto e vai ler a sua peça com desconfiança.
A forma também é elemento argumentativo. Não basta escrever bem (o que já é muito difícil), tem que parecer que a gente escreve bem.
Era isso.
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