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Ao reforçar algo na peça jurídica, é possível usar o “sim”, entre vírgulas?

Neste postiremos falar que ao secolocar o “sim” entre vírgulas emuma estrutura de texto confere reforço na afirmação e argumentação.

Ao reforçar algo na peça jurídica, é possível usar o “sim”, entre vírgulas?

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“Bom dia, professor. Confeccionando uma peça jurídica aqui no trabalho, deparei-me com a seguinte estrutura (por mim escrita): ‘[…]

Vale dizer:

A ementa do julgado colacionada pela própria defesa na resposta à acusação demonstra que a confissão extrajudicial pode sim embasar a condenação do agente criminoso – ainda que haja retratação em juízo –, desde que a decisão esteja amparada nas demais provas colhidas sob o crivo do contraditório […]’.

Lembrei-me, então, daquele post sobre a vírgula antes de ‘e sim’, ‘e não’ e ‘mas, sim,’.

A regra também se aplica a esse trecho: ‘[…] pode sim embasar a condenação […]’?

Ou seja, o sim deve estar entre vírgulas?

Porque aqui quero reforçar a afirmação, e não a negação. Grato!”.

R: Bom, primeiramente, não posso deixar de destacar a escrita impecável desse seguidor no trecho da peça reproduzido…

Que orgulho! E que ótima pergunta fez!

Tem a ver, como vocês verão, com argumentação, com efeito retórico das frases.

Sem dúvidas eu colocaria aquele “sim” entre vírgulas.

É bem verdade que se não empregarmos as vírgulas não haverá prejuízo em nível sintático (a ordem das palavras na frase continuará sendo lógica), nem em nível semântico (compreenderemos tranquilamente o que se quer dizer).

Ocorre que, quando escrevemos uma peça jurídica, devemos persuadir o leitor, devemos dar um “plus” ao texto.

Nesse sentido, notem que colocar o “sim” entre vírgulas na estrutura apresentada pelo seguidor confere, como ele mesmo disse, reforço na afirmação de que a confissão extrajudicial pode embasar a condenação do agente criminoso.

Aliás, vou aproveitar o gancho para sugerir que quando vocês quiserem reforçar uma palavra, expressão ou frase no texto, coloquem-na, sempre, entre vírgulas, tal como fiz agora com o “sempre”. (É impressionante como dicas assim, tão simples, podem tornar nossas peças muito mais agradáveis e argumentativas!)

Era isso.

Apenas meio que por uma questão de lealdade, devo dizer que o seguidor, logo após fazer a pergunta, disse que para ele o “sim” deveria vir entre vírgulas.

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