
Escrever de forma simples é uma das maiores recomendações na escrita de peças. No entanto, alcançar essa simplicidade, sem perder profundidade e autenticidade, é um dos maiores desafios para qualquer escritor. Afinal, como disse Clarice Lispector: “Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade na escrita através de muito trabalho.”
Neste post, vamos explorar a relação entre a simplicidade na escrita e o intenso processo de autoconhecimento e trabalho por trás de cada frase. Acompanhe a seguir 10 reflexões de Clarice Lispector sobre o ato de escrever e veja como cada uma delas revela uma camada desse processo.
1. “Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade na escrita através de muito trabalho.”
A simplicidade muitas vezes é confundida com facilidade. Entretanto, simplificar uma ideia sem torná-la superficial exige um esforço contínuo. Escrever bem é fruto de prática, revisão e, principalmente, um profundo entendimento do que se deseja comunicar. Clarice nos lembra que a simplicidade é o resultado de um trabalho árduo e disciplinado.
2. “Escrevo porque não sei o que fazer de mim.”
Para muitos escritores, o ato de escrever é uma forma de existir. A escrita serve como um refúgio, um espaço para processar sentimentos, emoções e pensamentos que, muitas vezes, não encontram lugar na vida cotidiana. Clarice via a escrita como uma maneira de lidar consigo mesma e com o caos interior.
3. “Eu não escrevo o que quero, escrevo o que sou.”
Escrever não é apenas comunicar o que está na mente, mas sim expressar o que está na alma. Clarice expõe aqui a noção de que a escrita é, antes de tudo, uma extensão de quem somos. Cada palavra, cada frase, é um reflexo da nossa essência, e isso é o que torna cada texto único.
4. “Escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida.”
A escrita pode ser um processo terapêutico. Clarice revela como a escrita tem o poder de salvar, não necessariamente outra pessoa, mas a si mesma. Quando colocamos no papel nossos pensamentos e sentimentos mais profundos, muitas vezes estamos organizando e processando nossa própria existência.
5. “Minhas melhores palavras não nascem no tempo em que estou atenta ao que faço.”
Escrever nem sempre é um ato consciente. Muitas vezes, as melhores ideias surgem quando não estamos forçando a mente a criar. Elas aparecem nos momentos de distração, em que a criatividade flui de forma natural, sem barreiras ou limitações impostas pelo pensamento racional.
6. “Escrever é tentar entender, é procurar compreender o que se sabe.”
O processo de escrever é também um processo de descoberta. A cada frase, o escritor busca entender melhor o mundo ao seu redor e a si mesmo. Muitas vezes, só ao escrever conseguimos organizar e compreender nossas próprias ideias e sentimentos.
7. “Escrever é uma maldição que salva.”
Aqui, Clarice nos lembra que o ato de escrever pode ser tanto uma bênção quanto um fardo. A necessidade de colocar os pensamentos no papel pode ser angustiante, mas, ao mesmo tempo, é essa maldição que tem o poder de libertar e curar.
8. “Escrevo por intuição e descobrimento.”
Escrever é um processo intuitivo. Muitas vezes, não sabemos exatamente para onde estamos indo quando começamos um texto, mas, ao longo do caminho, fazemos descobertas surpreendentes sobre nós mesmos e o mundo. A escrita é uma ferramenta de exploração pessoal.
9. “Tenho que respeitar o ritmo dessa força bruta que é escrever sem pensar.”
A fluidez da escrita nem sempre segue um cronograma ou obedece às regras estabelecidas. Clarice descreve o processo de escrever como uma força incontrolável, que às vezes precisa ser respeitada e liberada, sem muita intervenção racional.
10. “Escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pesca o que não é palavra.”
A última frase nos convida a refletir sobre a profundidade da linguagem. Para Clarice, a palavra é uma ferramenta que vai além de sua definição literal. Ela é capaz de capturar sentimentos, emoções e verdades que, de outra forma, não poderiam ser expressos.
Conclusão
Escrever de forma simples, clara e direta pode ser um dos maiores desafios para qualquer advogado e assessor jurídico. Clarice Lispector, com sua sabedoria única, nos lembra que esse processo exige autoconhecimento, prática e muita dedicação. Suas frases são um convite para mergulharmos nas profundezas da escrita e descobrirmos que, ao simplificar as palavras, estamos na verdade revelando o que há de mais complexo dentro de nós.
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