Um ponto fundamental para quem deseja escrever com correção — especialmente em textos jurídicos — é observar a regência dos verbos e nomes que exigem preposição antes do pronome relativo “que”.
Sempre que o termo que precede o pronome exigir uma preposição, essa preposição deve vir antes do “que”.
Exemplos práticos:
Correto: “Essas são as provas de que dispõe o advogado.”
Errado: “Essas são as provas que dispõe o advogado.”
➡️ O verbo “dispor” exige a preposição “de”.
Correto: “O fato a que fez alusão o magistrado não foi considerado pelo colegiado.”
Errado: “O fato que fez alusão o magistrado…”
➡️ “Fazer alusão” exige a preposição “a”.
Correto: “Aquele é o mandado de segurança que foi julgado ontem.”
➡️ Aqui, o verbo “julgar” não exige preposição, portanto, nenhuma é necessária antes do “que”.
Correto: “Este é o torneio para o qual eles treinaram tanto.”
Errado: “Este é o torneio que eles treinaram tanto.”
➡️ “Treinar para” algo exige a preposição “para”. E, nesse caso, como a preposição tem mais de uma sílaba, o correto é usar “o qual”, e não “que”.
Observação importante:
Sempre que a preposição exigida tiver mais de uma sílaba (como “para”, “sobre”, “contra”, “mediante” etc.), deve-se substituir o “que” por “o qual”, “a qual”, “os quais” ou “as quais”, conforme o gênero e número do antecedente.
Dominar esse ponto é essencial para quem trabalha com textos técnicos ou jurídicos, em que a precisão gramatical é esperada — e cobrada.
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