
Uma das coisas que mais irritam o leitor é a repetição excessiva de informações. Textos repetitivos fazem parecer que o autor subestima a inteligência de seu destinatário, o que pode prejudicar a argumentação.
A regra essencial para qualquer escritor é simples: diga o que precisa ser dito de forma clara e objetiva, sem voltar ao mesmo ponto desnecessariamente.
Se já foi mencionado que o acidente ocorreu por culpa exclusiva do réu, não há necessidade de repetir essa informação diversas vezes ao longo da peça. Isso é comum em algumas petições, onde o mesmo argumento aparece até no parágrafo seguinte, o que torna o texto cansativo e desnecessariamente extenso.
Como reforçar argumentos sem soar repetitivo
Há, no entanto, momentos em que reforçar um argumento é estratégico para dar ênfase à tese defendida. O problema não está na repetição em si, mas na forma como ela é feita.
Dica prática: se for necessário repetir uma ideia, sinalize isso ao leitor com expressões como:
- “É importante destacar que…”
- “Repita-se…”
- “Não custa reforçar que…”
- “Alerta-se novamente…”
- “Convém ressaltar mais uma vez…”
Dessa forma, o leitor percebe que a repetição é intencional, usada para ênfase, e não por falta de organização do texto.
Sempre que revisar um texto, fique atento a repetições desnecessárias. Caso perceba que está reiterando uma informação, utilize uma dessas expressões para deixar claro que o reforço é proposital. Essa técnica melhora a argumentação e mantém a peça mais fluida e objetiva.
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