Uma dúvida recorrente entre escritores jurídicos é: “Professor, quais frases posso usar para começar parágrafos?”.
A resposta pode decepcionar alguns, mas não existem expressões fixas ou mágicas para iniciar parágrafos. O motivo é simples: cada texto tem sua lógica interna, e a conexão entre ideias não pode ser feita de forma automática, sem considerar o contexto.
Muitos esperam ouvir sugestões como:
“Não se pode olvidar…”
“Como se pode notar…”
“Outrossim,…”
“É bem verdade que…”
“Não há falar em…”
“Convém ressaltar…”
No entanto, utilizar essas expressões sem critério pode comprometer a clareza do texto. Por exemplo, escrever “É importante destacar, ainda…” só faz sentido se algo relevante já tiver sido destacado anteriormente. O uso incorreto dessas “bengalas” pode tornar o texto artificial e redundante.
O que fazer, então?
A recomendação mais eficiente é reduzir o uso dessas expressões sempre que possível. Em vez de escrever:
“Outrossim, o benefício previdenciário foi deferido em…”
Prefira, se o “outrossim” estiver sobrando:
“O benefício previdenciário foi deferido em…”
O texto ganha objetividade e profissionalismo quando se elimina o excesso de conectores desnecessários. Com o tempo, você usará essas expressões apenas quando realmente fizerem sentido.
Conclusão
A coesão entre os parágrafos deve ser construída de forma natural, sem depender de fórmulas prontas. A melhor estratégia é treinar a escrita com frases diretas e evitar o uso mecânico de expressões. Assim, seu texto se tornará mais fluido, claro e profissional.
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