Mas é bastante comum em textos jurídicos escrevermos números em algarismo seguidos da forma por extenso entre parênteses quando queremos deixar claro o valor numérico em referência, evitando ambiguidade.
Isso se dá principalmente na escrita de valores monetários e tem origem no cheque, que possui um campo para apor o valor em algarismo e outro para escrever o número por extenso.
Exemplo:
“Foi condenado a pagar R$ 2.000,00 (dois mil reais) a título de honorários advocatícios”.
Também podemos escrever o valor numérico por extenso entre parênteses quando nos referimos a percentuais e a medidas do sistema métrico:
“O segurado perdeu 20% (vinte por cento) da capacidade laboral”.
“Alegou que possui um imóvel de 125 m2 (cento e vinte e cinco metros quadrados)”.
Afora essas hipóteses (e outras para evitar ambiguidade), você escreverá apenas o algarismo quando o número não for pronunciado como uma única palavra, ou apenas por extenso quando o for, SEM OS PARÊNTESES. Veja:
“No acidente, 298 (duzentos e noventa e oito) pessoas ficaram feridas”. (EVITE – não há necessidade dos parênteses)
“No acidente, duzentos e noventa e oito pessoas ficaram feridas”. (EVITE, pois “298” é pronunciado com mais de uma palavra)
“No acidente, 298 pessoas ficaram feridas”. (PREFIRA)
“Durante a confusão, 3 (três) acusados foram mortos”. (EVITE)
“Durante a confusão, 3 acusados foram mortos”. (EVITE, pois “3” é pronunciado com uma palavra)
“Durante a confusão, três acusados foram mortos”. (PREFIRA)
“No transporte da mercadoria extraviaram-se vinte caixas de maçã”. (CERTO)
“No transporte da mercadoria extraviaram-se 25 caixas de maçã”. (CERTO)
“No transporte da mercadoria extraviaram-se 25 (vinte e cinco) caixas de maçã”. (EVITE)
“Ao todo foram 875 inscritos mas apenas trinta aprovados”. (CERTO)