Uma das dúvidas mais comuns na escrita jurídica e formal é saber quando usar “daí por que” separado ou “daí porque” junto. Mas a regra é simples de entender: “por que” separado é utilizado para introduzir uma causa ou motivo.
Se você quer melhorar sua escrita jurídica e evitar esse erro, continue lendo!
1. “Por que” Separado Indica Motivo ou Razão
Sempre que puder substituir a expressão “por que” por “a razão de” ou “o motivo de”, então a forma correta será “por que” separado. Isso acontece porque “por que” introduz uma explicação ou causa para o que foi afirmado anteriormente.
Exemplos Práticos:
Frase original:
“A advogada gostaria de saber por que não pode assistir à sessão.”
Explicação: A advogada quer entender a razão de não poder assistir à sessão.
Outro exemplo:
“Não há por que garantir defesa para quem não pode sofrer condenação.”
Explicação: Não há motivo de garantir defesa para quem não pode ser condenado.
2. Adicionando o “Daí” à Frase
Quando você adiciona “daí” na construção, o sentido continua sendo o mesmo: você quer explicar a razão de algo. Nesse caso, deve-se usar “daí por que” separado.
Exemplo:
“O perito esclareceu que não se trata de lesão grave, daí por que o autor pode voltar a exercer sua função.”
Aqui, a expressão “daí por que” está explicando o motivo de o autor poder voltar ao trabalho.
3. Quando NÃO Usar “Daí Porque” Junto
O erro mais comum é usar “daí porque” junto quando a intenção é explicar um motivo. Sempre que puder substituir a expressão por “a razão de”, use “daí por que” separado.
Exemplo Incorreto:
Frase original incorreta:
“Daí porque há de ser reconhecida a nulidade.” (❌)
Forma Correta:
Frase corrigida:
“Daí por que há de ser reconhecida a nulidade.” (✅)
A explicação está no fato de que estamos indicando o motivo pelo qual a nulidade deve ser reconhecida, e por isso usamos “daí por que”.
Conclusão
Sempre que “daí” introduzir uma explicação ou motivo, lembre-se de usar “daí por que” separado. Isso garante que sua escrita jurídica seja precisa e de acordo com as normas gramaticais.
Se gostou da dica, compartilhe com seus colegas da área jurídica e ajude-os a evitar esse erro comum! 😉
Assista aos meus vídeos no Youtube
Me siga no Instagram
Compre o E-book Guia de Redação Jurídica