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Evite Chavões e Torne Seu Texto Jurídico Mais Claro

No universo jurídico, é comum nos depararmos com expressões e frases que, apesar de parecerem sofisticadas, não agregam valor ao texto e acabam deixando-o mais denso e repetitivo. Essas expressões, que podem ser chamadas de chavões, tornam a escrita previsível e menos impactante.

No universo jurídico, é comum nos depararmos com expressões e frases que, apesar de parecerem sofisticadas, não agregam valor ao texto e acabam deixando-o mais denso e repetitivo. Essas expressões, que podem ser chamadas de chavões, tornam a escrita previsível e menos impactante.

 

Aqui vão algumas dicas práticas para você identificar e substituir esses termos em suas peças e, assim, tornar sua escrita mais clara e objetiva:

1. “É importante asseverar que”:
Essa expressão geralmente pode ser eliminada sem prejuízo ao sentido da frase. Em vez de “É importante asseverar que o autor ainda afirmou…”, prefira algo direto como “O autor ainda afirmou…”.

2. “No presente caso”:
Em frases como “No presente caso, o autor celebrou contrato…”, a expressão “no presente caso” é redundante. Se é desnecessário, descarte-o.

3. “Ora, Excelência”:
Evite usar “ora” e “Excelência” em suas petições. O “ora” pode soar pedante, enquanto “Excelência” pode implicar uma subordinação que não existe entre advogado e juiz. Vá direto ao ponto.

4. “Como se observa”:
Em vez de “Como se observa”, substitua por “assim” ou “veja-se, portanto”. Seja claro e objetivo.

5. “Data venia”:
Em lugar de “data venia”, use uma adversativa simples como “entretanto”, “porém”, ou “todavia”. Torna a mensagem mais direta e menos rebuscada.

6. “Sendo que”:
Essa expressão pode ser quase sempre substituída por “e” ou “de modo que”. É mais simples e igualmente eficaz.

7. “Nesse sentido”:
Um chavão típico. Substitua por “assim”, “portanto”, ou vá direto à informação, como em “O STJ já decidiu:”.

8. “Outrossim”:
Uma palavra que soa antiquada e petulante. Prefira “da mesma forma”, “igualmente”, ou “ainda”. Às vezes, não é necessário escrever nada.

9. “Não obstante”:
É preferível usar “embora”, que é mais simples e direto.

10. “Isso porque”:
Na maioria das vezes, a exclusão dessa expressão não altera o sentido da frase.

11. “De modo a”:
Essa expressão não existe na língua portuguesa. Utilize “de modo que” para manter a correção gramatical.

12. “Em que pese”:
Outra expressão difícil de usar corretamente. “Embora” é uma alternativa mais fácil e segura.

13. “Pois bem”:
Clichê clássico que pode ser eliminado do texto sem prejuízo ao conteúdo.

14. “Para fins de”:
Redundante. O “para” já indica finalidade. Mantenha sua escrita simples, utilizando apenas “para”.

 

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17 de agosto de 2024
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