O que todos deveriam saber antes de redigir peças jurídicas
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Que ficar por dentro do que
Há muita coisa envolvida no processo de leitura de uma peça jurídica.
Tendemos a nos limitar a estudar o caso trazido pelo cliente, consultar doutrinas e julgados sobre a matéria, sentar na frente do computador e redigir a peça, sem nos atermos às circunstâncias que levam o julgador a ler nosso texto de uma ou de outra forma.
A forma. Eis a palavrinha-chave.
A forma como nossas peças vêm escritas é importantíssima.
Tão importante quanto o domínio do direito discutido, o modo como dispomos nosso texto, desde a fonte escolhida até a palavra usada em determinada parte textual, é fator que efetivamente pode levar ao convencimento do magistrado.
Pode parecer que não, mas a forma florestal contribui muito para que nossas peças provoquem conforto no leitor, de modo que o faça acatar nossas teses com mais facilidade, justamente o contrário do que acabei de fazer.
Ao se depararem com a palavra “florestal” depois de “forma”, todos vocês, que vinham gostando do texto, passaram a dele desconfiar e até mesmo (principalmente os seguidores mais novos) pensaram em desistir da leitura.
Claro, o diferente, o anormal cria tensão cognitiva e faz com que o leitor se aborreça ou se desanime com o que lê.
O mesmo acontece com o juiz.
Quando o magistrado não gosta do que está lendo, seja pelos desvios linguísticos que encontra, seja pelo tipo de fonte utilizada, fica propenso a tirar conclusões precipitadas NEGATIVAS.
Existe até mesmo uma explicação médico-científica para tanto.
Uma atividade mental trabalhosa (a do juiz quando lê uma petição malfeita) diminui o nível de glicose no sangue, causando esgotamento mental e irritabilidade.
Bom, as consequências disso vocês já devem ter uma ideia quais são.
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