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Paralelismo Sintático

Para tornar o texto mais claro e fluido, é importante que ideias semelhantes sejam expressas com estruturas sintáticas semelhantes. Essa técnica é conhecida como paralelismo.


Exemplo sem paralelismo:

 “O fim da lei não deve ser a imobilização da vida, e sim o de manter contato íntimo com ela.”

Note que, na primeira parte, o predicado aparece na forma substantivada (“imobilização”), enquanto na segunda está na forma verbal (“manter”). Essa assimetria prejudica a clareza.


Correção com paralelismo:

 “O fim da lei não deve ser o de imobilizar a vida, e sim o de manter contato íntimo com ela.”

ou

“O fim da lei não deve ser a imobilização da vida, e sim a manutenção do contato íntimo com ela.”

Ambas as versões corrigidas mantêm coerência estrutural entre as orações, o que facilita a leitura e o entendimento.

 

Outro exemplo sem paralelismo:

 “Impõe-se considerar que os demandantes possuem uma filha de 8 anos de idade e a natureza previdenciária da causa.”

Aqui, o primeiro elemento é uma oração com verbo (“que os demandantes possuem…”), e o segundo é uma expressão nominal (“a natureza previdenciária da causa”), gerando desequilíbrio.

Versões corrigidas com paralelismo:

 “Impõe-se considerar que os demandantes possuem uma filha de 8 anos de idade e que a causa tem natureza previdenciária.”

ou

 “Impõe-se considerar a idade da filha dos demandantes (8 anos) e a natureza previdenciária da causa.”

A ausência de paralelismo não configura erro gramatical na maioria dos casos. Contudo, o uso consciente dessa técnica eleva o nível estilístico do texto, tornando-o mais claro, coeso e elegante — qualidades essenciais em uma redação jurídica eficaz.

 

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29 de maio de 2025
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