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Quando Despachar com o Juiz Pode Não Ser a Melhor Escolha

Muitos advogados já passaram pela situação de um cliente insistindo para que se despache diretamente com o juiz, acreditando que isso aumentará as chances de sucesso no processo. No entanto, nem sempre essa é uma boa estratégia. Saber quando e como abordar um magistrado pode fazer toda a diferença no resultado da causa.


Despachar é um Direito, Mas Deve Ser Usado Com Estratégia
A prerrogativa de despachar diretamente com o juiz é um direito essencial da advocacia, mas deve ser usada com inteligência. Antes de decidir ir ao gabinete, pergunte-se:


O caso é complexo ou sem jurisprudência pacificada?
Há pedido fundamentado de tutela provisória?
Existe uma urgência real?
Se a resposta for negativa para todas essas perguntas, talvez não seja o momento certo para despachar.

Já presenciei casos em que advogados tentaram despachar sobre um processo cuja inicial nem sequer havia sido protocolada. Isso só gera desgaste e prejudica a imagem do profissional perante o magistrado.

Além disso, é essencial conhecer o funcionamento do gabinete e os horários de atendimento. Magistrados acumulam diversas funções e, muitas vezes, cumprem agendas administrativas ou compõem outros colegiados. O fato de o despacho ser uma prerrogativa do advogado não significa que ele será atendido a qualquer momento.


O Perigo de Trazer Informações Desnecessárias no Despacho
Há também o risco de fornecer informações que, em vez de ajudar, acabam prejudicando o caso. Vou relatar uma situação real que presenciei.

Durante um despacho, o advogado começou sua argumentação e o desembargador demonstrou predisposição para concordar com ele. No entanto, em certo momento, o advogado mencionou que um outro desembargador da mesma câmara entendia de maneira contrária à tese defendida. Foi o suficiente para mudar o rumo da decisão.

Assim que o advogado saiu da sala, o desembargador pediu para que ligassem para o colega mencionado. O resultado? O despacho, que poderia ter sido favorável, tornou-se um grande problema.

Ou seja, se você trouxer informações que o magistrado ainda não conhecia ou que poderiam gerar dúvidas desnecessárias, sua estratégia pode sair pela culatra.

 


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20 de fevereiro de 2025
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