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Hoje vou dar uma dica importante sobre o uso da crase

Hoje vou dar uma dica importante sobre o uso da crase e sua aplicação na redação jurídica

Crase (caso difícil)

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Hoje vou dar uma dica importante sobre o uso da crase.
Bem, sabemos que os verbos transitivos indiretos são aqueles que exigem preposição entre eles e o complemento verbal.
Nas frases abaixo, por exemplo, os verbos “atender”, “proceder” e “obedecer” são transitivos indiretos. A preposição exigida por eles está marcada pelo uso da crase (artigo “a” + PREPOSIÇÃO “a” = “à”):
“O agravante sustenta que não há tempo hábil para atender à determinação judicial” (crase correta).
“Nesse sentido, não seria lógico proceder à devolução de valores decorrentes de pagamento devido” (crase correta).
“A cobrança das contribuições extraordinárias deve obedecer à norma vigente no momento da contratação” (crase correta).
Ocorre que – e é neste ponto que eu quero chamar bastante a atenção de vocês – esses verbos, embora transitivos indiretos, admitem a voz passiva e, QUANDO USADOS NESSA VOZ, não exigem a preposição.
Está errada, portanto, a crase na frase abaixo:
“Na fixação dos danos morais, deve o julgador estabelecer o valor compensatório com prudência, de maneira que sejam atendidas às peculiaridades do caso” (ERRADO, sem a crase).
Não há a crase acima porque o verbo “atender” está na voz passiva.
Sob esse fundamento, também nas frases abaixo o emprego da crase está errado:
“Um carro parou, dele desceu um policial armado determinando que os suspeitos encostassem, e foi procedida à revista pessoal” (ERRADO, sem a crase, pois o verbo “proceder” está na voz passiva).
“Obedecidas às formalidades do PAD, o Conselho Disciplinar entendeu estarem preenchidos os requisitos legais para caracterização da falta grave” (ERRADO, sem a crase, pois o verbo “obedecer” está na voz passiva).
Era isso.
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6 de agosto de 2022
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